quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ping-Pong

Abrimos esse espaço para uma aluna que conclui graduação agora em 2010 em percussão. A aluna da UFBA, Erica Pereira de Sá, tem 22 anos, á 4 anos estuda percussão na Escola de Música, e topou participar de um ping-pong e conta um pouco da sua história de como adquiriu o gosto pela música e dá o seu depoimento sobre mulheres e música.


Batida Feminina: Qual a sua opinião sobre mulheres percussionistas?
Erica de Sá:
A cada ano que passa é nítido a presença da mulher na música, cada vez mais forte, tocando diversos tipos de instrumentos.


BF: As mulheres estão mais confiantes, fazendo tudo o que os homens fazem, e muitas vezes até melhor. Você acha que no ramo musical as mulheres também estão "dominando"?
Erica de Sá:
Sim. As mulheres apesar de passarem por alguns pré conceitos, comentários maldosos como "Elas pensam que vão fazer o que?" ou "Elas não vão tocar não, devem ta levando os instrumentos."
Esse ano mesmo, de cinco pessoas que passaram pra percussão quatro eram mulheres. As mulheres estão dominando sim, todas as áreas.

BF: Mais tem uma diferença entre homens e mulheres tocando?
Erica de Sá:
A diferença que eu vejo é mais pela força. Os homens tocam com força e as mulheres sensibilidade. Fora isso o som é o mesmo, quando feito com amor.

BF: A sua história, Erica, como você adquiriu o gosto pela percussão?
Erica de Sá:
Meu primeiro contato com a música foi quando eu tinha 15 anos, minha irmã ganhou uma bateria, ai eu comecei a ter interesse pelo instrumento, quando eu fiz 15 anos meu presente foi 1 ano de curso de bateria. O presente acabou né, ai tranquei o curso. Depois disso, um dia, encontrei "Baguinha" que me ofereceu uma bolsa pra eu concluir o curso, foi ai que eu tive que mudar de bateria pra percussão, pois aqui não tinha curso de bateria na graduação.

BF: Sobre o pré conceito em relação às mulheres nesse meio, o que você pensa sobre?
Erica de Sá:
Isso existe não só com a música, mais como eu já falei, estamos dominando cada vez mais o espaço, estamos adquirindo e passando confiança também no que fazemos. Eu acho que vamos conseguir chegar ao ponto de músicos e artistas quererem mulheres em sua percussão ao invés de só homens.

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